O desenvolvimento e a questão demográfica
O primeiro
fenómeno que abordámos, nesta unidade, denomina-se Explosão Demográfica. Quando falamos deste tema não podemos ignorar
o avanço tecnológico e a industrialização como factores que contribuíram para o
desenfreado aumento populacional nas últimas décadas. Estes factores
contribuíram na medida em que vieram ajudar à supressão de epidemias e fomes, o
progresso técnico e social e consequente melhoria das condições de vida, tendo
como principais repercussões a diminuição das taxas de mortalidade e em alguns
casos a permanência de elevadas taxas de natalidade.
Como factores que influenciaram a
diminuição da mortalidade temos o avanço da medicina, a melhoria das condições
de higiene e a progressiva melhoria nos hábitos alimentares.
Para termos uma simples noção de
quão grande este desenvolvimento tecnológico e industrial se reflectiu numa Explosão Demográfica, apresentamos o
seguinte quadro:
População Mundial (bilhões)
|
|
1950
|
2,52
|
1970
|
3,70
|
2000
|
6,06
|
2010
|
6,79
|
2020
|
7,50
|
2100
|
9,46
|
2200
|
10
(estabilização)
|
Estudámos
também a teoria da transição demográfica,
que refere que todos os países percorrem 4 fases de transformação demográfica.
1ª. Regime demográfico primitivo, onde se
assiste a uma elevada taxa de natalidade e também uma elevada taxa de
mortalidade infantil;
2ª. Declínio da mortalidade,
caracterizada pela melhoria das condições de vida. (alimentação, higiene, saúde
e saneamento básico);
3ª. Declínio da fecundidade,
diminuição das taxas de fecundidade, natalidade e também mortalidade;
4ª. Regime demográfico moderno, o
crescimento da população tendo para o zero e ainda níveis mais baixos de
fecundidade, natalidade e mortalidade.
Para
ilustrar a explosão demográfica e a evolução das faixas etárias da população,
nós alunos realizamos três pirâmides demográficas, referentes à população
portuguesa nos anos 2003, 2005 e 2025 (previsão).
A estrutura etária da população é a distribuição dos indivíduos de
uma população pelas diferentes idades ou grupos de idades (classes etárias). O
estudo da estrutura etária é de grande importância pois, se existir tendência
para o aumento do número de jovens, pode ser necessário construir mais
maternidades, escolas e infantários. No caso de a população estar a envelhecer,
é provável ter de se construir mais lares para a terceira idade e reforçar o
apoio médico.
Após a análise da pirâmide etária em Portugal no ano de 2003, podemos
concluir que esta pirâmide é característica de um a população em
desenvolvimento. Podemos registar que se caminha para uma população
envelhecida, devido à baixa natalidade e também porque a maioria dos indivíduos
estão presentes nas classes entre os 25 e os 49 anos. É facto curioso registar
que o sexo feminino regista uma esperança média de vida maior.
Podemos verificar que esta pirâmide da população residente em Portugal no ano de
2005 é uma pirâmide com estrutura etária de tipo adulto. Este tipo de pirâmide verifica-se nos países desenvolvidos: a população jovem representa uma menor
proporção do que a população adulta. O gráfico mostra uma
base (jovens) mais estreita que os adultos, e esta mais larga que os idosos, por
estas razões se da o nome de uma pirâmide de estrutura etária adulta.
Para 2025 foi feita uma previsão que nos indica uma
pirâmide etária característica de uma população envelhecida. Temos uma base
mais estreita do que a classes dos adultos, portanto, podemos afirmar que
reflecte uma diminuição da natalidade e um aumento da esperança média de vida.
Na faixa etária dos 35 a 39 anos de idade no sexo masculino, temos presente uma
classe oca bastante evidente e acentuada, para tal podemos apontar como causa a
elevada emigração em busca de melhores condições de vida e baixa natalidade
devido ao período de crise vivido nessa época. É uma pirâmide etária
característica dos países desenvolvidos.
2003 - Filipe Mestre e José Fernandes
2005 - Daniel Ramalho e Tatiana Pinto
2025 (previsão) - Alexandra Barreto e Miguel Cebola
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