História dos
Direitos Humanos
Sendo
o ser humano uma espécie que tem necessidades, e acima de tudo a necessidade de
viver bem e com dignidade, surgiu então a temática dos direitos humanos á
muitos seculos atrás, esta evoluiu com o tempo, com as diferentes necessidades,
até aos dias de hoje, onde abrange direitos completamente diferentes do que nos
primórdios deste tema.
“Todos os seres
humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e
de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.”
In Declaração
dos Direitos Humanos
A Declaração
Universal dos Direitos Humanos, que delineia os direitos humanos básicos, foi adotada pela Organização das Nações Unidas em 10
de Dezembro de1948. Esboçada
principalmente por John
Peters Humphrey, do Canadá,
mas também com a ajuda de várias pessoas de todo o mundo, no entanto este
assunto foi abordado muito antes, desde o tempo da Babilónia, onde surge O Cilindro de Ciro, considerado a
primeira declaração dos direitos humanos registrada na história.
Não
se pode negar também a importância das Revoluções inglesa, americana e francesa
para o reconhecimento de direitos inerentes a pessoa humana, cada uma é claro
contribuindo da sua maneira, sendo as duas; últimas as que influenciaram as
constituições do século XIX, e que começaram a abordar de forma mais directa
esta temática.
A Evolução dos Direitos Humanos
A
civilização humana, desde os seus primórdios, até á atualidade, passou por inúmeras
fases, cada uma com suas peculiaridades, com seus pontos negativos e positivos,
de modo que as evoluções científicas, tecnológicas, políticas, económicas,
sociais e jurídicas são muitas vezes lentas e graduais. Também a evolução histórica dos direitos humanos é lenta e
gradual, não são concebidos todos de uma vez, mas sim de acordo com as
experiências de vida humana e em sociedade. Surgem então nos direitos
essenciais ao ser humano, e surgem nomes como: “Direitos humanos”,
“direitos morais”, “direitos naturais”, “direitos públicos subjetivos”,
“direitos dos povos”, “liberdades públicas” e “direitos fundamentais”.
Em
1979, em uma conferência do Instituto Internacional de Direitos
Humanos, Karel Vasak propôs uma classificação dos direitos humanos em
gerações, inspirado no lema da Revolução Francesa (liberdade, igualdade,
fraternidade).
Assim,
os direitos humanos de primeira geração seriam os direitos de liberdade,
compreendendo os direitos civis, políticos e as liberdades clássicas. Os
direitos humanos de segunda geração ou direitos de igualdade, constituiriam os
direitos económicos, sociais e culturais. Já como direitos humanos de terceira
geração, chamados direitos de fraternidade, estariam o direito ao meio ambiente
equilibrado, uma saudável qualidade de vida, progresso, paz, autodeterminação
dos povos e outros direitos difusos.
Posteriormente, com os avanços da
tecnologia e com a Declaração dos Direitos do Homem e do Genoma Humano feita
pela UNESCO, a doutrina estabeleceu a quarta geração de direitos como sendo os
direitos tecnológicos, tais como o direito de informação e bio direito.
(Bio direito é o ramo do Direito Público que se associa
à bioética, estudando as relações jurídicas entre o direito e os
avanços tecnológicos conectados à medicina e à biotecnologia,
com peculiaridades relacionadas ao corpo e
à dignidade da pessoa humana.)
Universalidade
dos Direitos Humanos
O
princípio da universalidade dos direitos humanos significa que todas as pessoas são titulares dos mesmos,
indiscriminadamente.
Basta a condição de ser humano para que se
possa invocar seu respeito e proteção nas ordens interna e internacional. Na
II Conferência de Viena (1993), onde um dos principais temas debatidos
foi a questão do Relativismo Cultural e a Universalidade dos Direitos Humanos,
a questão primordial era definir se estes eram realmente universais ou se
deveriam ser submetidos às peculiaridades de cada Estado (culturais, sociais,
económicas e políticas).
Esta
conferência não só confirmou a universalidade como teoria global como também
consagrou ainda a indivisibilidade e a interdependência.
Trabalho elaborado por Filipe Mestre e José Fernandes.
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